Saudades do futuro imaginado...

"Onde nos encontramos?
Assim, sem um motivo aparente,
Vulneráveis ao nosso próprio suspiro,
Remediados de tédio
Amantes saudosos.
Nos encontramos?
Onde?
Regidos pela fraqueza da pele,
Amordaçados pela vil incumbência do destino,
Retardando a dor,
Abraçando a noite com a fúria de um desejo retrogrado
Nos encontramos entre nós.
A noite... que raia de minha fraqueza
Finda na tua tristeza!
Quantas portas ainda precisaremos fechar?
Dois corpos espaçados no vazio da multidão,
Distantes em pensamentos,
Uma carne envaidecida de vontades,
Uno, tão dúbio
Quanto à soma de nossas saudades ainda fresca nos lábios,
Como são curtos meus braços para levantar-te aos céus,
Quão frágil é a cor de teus olhos gritando socorro,
Tenho pernas trôpegas para correr,
Já não sei voltar.
Embriago-me junto a ti,
Culpando a noite subterrânea pela andorinha que foi conhecer outras terras,
Não me contento com sabiá, Sabe-se lá quanto teremos de nadar até encontrar.
Eu, abusando e me deixando abusar
Uivo, mordo, prego, martelo,
Me forço... e forças.
Me engole... te cuspo.
Me escarra... te beijo.
Crença, pressa, presa.
Ai, desejo.
Meu bem, traímos nossos corações?
Amigos até o próximo cruzamento.
Até o voar tua andorinha,
Alem de minha carne, leva-me contigo em memória,
Mais que o suor de desejos a flor da pele,
Tão doce quanto o badalar dos sinos,
Leva-me, mais só que um cantor de bolero.
Me leve a onde o vento não traga a tempestade.
Me guarde em memória.
Nesse desvairo nos fortalecemos.
Mas onde e quando nos encontramos?
Esquece, sempre que tiver uma andorinha no céu,
Nos teremos, no escárnio do beijo,
Na vã saudade, no ombro amigo."

Achei nos meus documentos...

Escrito por amigo virtual.

Vontade de viver a vida imaginada...

Vontade de beijar a boca desejada...

Vontade de abraçar o abraço de urso...

Vontade de cheirar o cangote...

...Fumando ópio...

...pra sarar a dor nem um minuto em casa, na frente do computador ou lendo um livro destes, tristes, ou vendo um filme, onde quase tudo sempre acaba bem, bem diferente da minha vida...

Não aguentei e fiz desse fim de semana prolongado, diversão total...ou melhor, destruição total e já na fase 3.

Concluí o processo com sucesso indo na "festinha" do domingo.

Já posso fazer um curta: "Como destruir um corpo em 4 dias"

"Ah, Eu fiz isso de novo!! "

Começando o feriado, triste, tristinho...

Fui resgatada por amigo-amor em casa e levada ao país das maravilhas, vulgo a Lôca.

Depois de 3 ou mais suquinhos de vodka, suar na pista...comecei bem o processo.

Overdose de risadas...overdose de sono...senão trabalhasse, não estaria viva pra contar, porque teria mais horas pra me jogar..rs..

E assim os quatro dias, uns menos divertidos, foram cheios de pessoas FANTÁSTICAS.

Salva, abrigada, ouvida...quem tem amigos como os meus, não necessita de mais nada.

E descobrindo novos mundos...e porque não?

Medo do desconhecido, mas com a curiosidade a flor da pele.

"Ando tão a flor da pele, que qualquer beijo de novela me faz chorar"

Mas a segunda feira chega e tudo volta ao país griz de Carolina...Sharonline, ficou na noite, na música, na embriaguez da madrugada, nas bocas desejadas...

Não melhora, mas alivia.

E agora, me resta rezar pra alma, porque o corpinho já era...

Emprestado

Fucei no blog alheio, achei frases...
Ouvi a música no rádio do carro, chorei menos dolorido.

"A dor de hoje, é a vida não voltar nem um dia, nem uma semana, nem nada."

Daí pensei...

"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim"(Caio F. Abreu)

Por mais que eu aceite que...

"Nosso sonho se perdeu no fio da vida
E eu vou embora sem mais feridas
Sem despedidas
Eu quero ver o mar
Se voltar desejos ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Se lembrar dos tempos dos nossos momentos
Lembre da nossa música
Nossas juras de amor já desbotadas
Nossos beijos de outrora foram guardados
Nosso mais belo plano desperdiçado
Nossa graça e vontade derretem na chuva
Se voltar desejos ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Se lembrar dos tempos dos nossos momentos
Lembre da nossa música
Um costume de nós fica agarrado
As lembranças, os cheiros. Dilacerados
Nossa bela história está no passado
O amor que me tinhas era pouco e se acabou"
(Vanessa da Mata)

E sabendo que...

"Você está saindo da minha vida e parece que vai demorar..."
(Pitty)

Eu espero...

"Eu vou esperar. Eu disse que a amava e isso não é algo que se anule."
(Paula Chagas - Pé Na Estrada)

Mas sem deixar de me divertir por aí.

P.S.: Eu disse, não consigo expor em palavras, então as "empresto"...

Perdida no mundo.

Não sei o que escolher, como fazer para tomar a decisão que me doerá menos...
A última vez que escolhi, me arrependi profundamente, sinto tanta dor por essa escolha que não tenho mais a coragem para escolher novos rumos...me sinto perdida.

As madrugadas são doces drogas, que aliviam momentaneamente...quando o Sol nasce, passa o efeito e a dor lancinante volta de novo, até mais forte.
É gostoso passar com meus queridos, mas é ruim ir embora, porque o sonho da madrugada amanheceu e a vida volta ao “normal”.

O que adianta as pessoas falarem...alguém sente o que sinto?

“Tem dias que a gente se sente, como quem partiu ou morreu.”...
Eu sinto que morri...um pouco por dentro.
Me sinto perdida, por ter que andar sozinhas pelas trilhas da vida e de talvez não saber fazer o caminho.
Mas é possível fazê-lo sozinho?

E tudo vem ao mesmo tempo.
Mudança dói, escolha dói, perda dói.
Eu só queria num dia, ter um minuto de paz, sossego no coração e na cabeça cheia.

Só sei que tenho medo de escolher de novo, de não bancar e sentir tanta dor quanto sinto agora.
To perdida.

Eu não quero escolher.
Ser criança, sem responsabilidades pelos meus atos.
Eu não quero assumir a responsabilidade dessa dor.
Mas quem irá se responsabilizar?

Não quero amar, não quero construir...só quero viver em paz sozinha.

P.S.: Os próximos serão menos depressivos!?!?

Eu to tentando...

E eu, que sinto e não consigo escrevê-lo...
Seria mais fácil expor em palavras,

ou criar um personagem para exorcizá-lo?

Não sei, mas amo o que escrevem por blogs e flogs e etc,

porque me sinto um pouco menos sozinha.
E ainda bem que "tudo isto passará".