I got the power

Hoje, depois de tanto tempo passado, depois de tantas lágrimas rolarem e secarem em meu rosto, depois de tanto tempo perdido por sofrer pelo que não posso ter, penso no que sou capaz e no que eu preciso pra ser o que ainda não sou e quero ser.
O medo de usar o meu poder, o poder que todos temos para sermos melhores e mais felizes, me tornou uma pessoa fraca, pequena e por vezes, deprimida.
Mas eu tenho o poder.
Eu posso.
E a frase "querer é poder" se torna mais possível que nunca.
Alguns caminhos podem ser trabalhosos e cheio de obstáculos, mas todos são possíveis de superar se eu usar o mantra: "É necessário rigor"
Para mudar qualquer coisa, não se pode ter preguiça de viver. 
Tem que assumir as responsabilidades e os riscos pelas escolhas e desejos que nos levaram a trilhar um caminho.
Viver é isso...é simples.
Hoje eu percebo o tempo perdido pelo simples fato de não ter me assumido como uma pessoa poderosa.
Eu tenho o poder e posso mudar tudo a minha volta. 
Tudo é realmente possível.
Agora é saber usá-lo pra ser melhor e transformar tudo o que eu não quero e não gosto.
Que a sabedoria me ajude no caminho com escolhas boas pra mim e para os que eu amo.

Parada no meio do caminho...

Hoje eu me pergunto: O que eu estou esperando?
Se eu não for atrás, as "coisas" virão até mim?
As vezes penso que sim, mas normalmente elas não vem não.
Mas então porquê eu estou aqui, esperando, parada.
O que eu quero não existe.
Ou se existe está muito longe.
Ou se não está muito longe, não é pra mim?

Procrastinar.
Protelar.
Postergar.
Adiar.

Mas o que?

Pra que?

Por que?

Então me abraça forte...

Somos tão jovens...
Por quanto tempo ainda???
O que eu espero tanto, que me impede de fazer o que eu quero fazer???
Ninguém, nada...apenas o medo...
Tenho medo de tudo.
E ao mesmo tempo, vontade de tudo.
E não existe equilíbrio.
Ou fechada demais ou arreganhada demais...
Uma vontade de querer gritar pra que todo mundo ouça:
"Hei, vocês, todos nós somos iguais e diferentes!!!
Todos nós queremos amor e respeito e um lugar ao sol..."
Mas queria que todos fossemos cheios de luz para poder entender que não se pode ter tudo do jeito que falaram que podíamos ter!! Um querendo o do outro, querendo ser mais que o outro, querendo pra mostrar e não sendo.
Eu quero mais civilidade, mais respeito, mais amor.
E não to falando de romance...to falando de viver junto, num mundo cada vez mais inóspito, com zumbis e bombas nucleares que a qualquer momento podem ser lançadas e acabar com tudo que se valoriza hoje: bens, matéria, poder.
Não to virando rastapé, não vou morar no mato, nem quero me afastar de quem não pensa como eu...
Quero poder ser, ir e vir, sem me importar se estou no padrão, se terei dinheiro pra comprar a última moda...
Quero poder abraçar e sentir o calor do outro, sem pé atrás, sem achar que estou sendo enganada ou que há qualquer momento serei trocada ou apenas deixada de lado, por que não tenho mais o que interessa para o outro.
Quero poder confiar, acreditar, amar, andar por aí...
Quero poder ser livre, segura, poder usufruir dos meus direitos, sem esquecer dos meus deveres.
Às vezes penso que sou muito Poliana, achando que se todos pensássemos que somos iguais e gostamos de coisas diferentes, tudo seria melhor.
Enquanto cada um pensar só no seu, acredito que nada vá mudar...
Enquanto cada um achar que o ônibus é só seu, a rua é só sua, que a culpa é do outro e não se responsabilizar também pelas falhas...nada vai mudar.
Essas coisas estão me sufocando e eu não sei o que fazer...
Faço parte da massa que está anestesiada, medrosa, perdida, mas que tem consciência que vai dar merda se continuarmos assim.
Meus heróis já morreram e não foi só de overdose...
Cadê os caras que vão inspirar??
Será eu, um deles??
Eu tenho medo de fazer o que eu tenho que fazer...ir a luta!!
Mas do jeito que está, não dá mais pra segurar.
Palavras, palavras, palavras...
É o que eu posso fazer agora...palavras soltas e que ninguém vai ler.

C'est clair

Bastaram algumas palavras e tudo clareou.
Agora tudo se faz claro.
Até que enfim, chegou esse momento.
O dia em que as coisas fariam sentido e o sentimento mudaria.
Não, não digo que não amo mais.
Mas posso dizer, talvez não com tanta firmeza, nem tão alto, que não quero mais.
Inventei tudo pra me distrair ou para a minha vaidade.
Talvez fosse vazio.
Se tinha verdade não foi suficiente pra suprir todas as nossas necessidades.
Abri mão de muito pra ter tão pouco.
Não vou me culpar, não vou culpar ninguém.
E agora consegui juntar, aos pouquinhos, o que entreguei. 
Não sinto orgulho, nem vaidade, nem mais raiva.
Só alivio.
Agora só espero que os sonhos também me deixem livre.

Alanis e Eu!

Vou deixar Alanis falar por mim hoje.
Minhas palavras são as mesmas, mudaria o velha por outro adjetivo, mas nunca fez tanto sentido essa música pra mim, como agora.

Você Precisa Saber

Quero que você saiba

Que estou feliz por vocês

Não desejo nada além

Do melhor para vocês dois

Uma versão mais velha de mim

Ela é pervertida como eu?

Ela faria sexo oral com você no teatro?

Ela fala eloqüentemente?

E ela teria seu filho?

Tenho certeza que ela seria uma mãe excelente

Porque o amor que você deu e que construímos

não foi capaz de fazer

com que você se abrisse totalmente, não

E toda vez que você fala o nome dela

Ela sabe como você dizia que me teria

Até você morrer, até você morrer?

Mas você ainda está vivo

E estou aqui para lembrá-lo

Da bagunça que você deixou quando foi embora

Não é justo me negar

Da cruz que eu carrego e que você me deu

Você, você, você precisa saber

Você parece muito bem

As coisas parecem em paz

Eu não estou tão bem assim

Achei que você deveria saber

Você se esqueceu de mim, Sr. Falsidade?

Detesto incomodá-lo durante o jantar

Mas foi um tapa na cara

O quão rápido fui substituída

E você fica pensando em mim enquanto transa com ela?

Porque o amor que você deu e que construímos

não foi capaz de fazer

com que você se abrisse totalmente, não

E toda vez que você fala o nome dela

Ela sabe como você dizia que me teria

Até você morrer, até você morrer?

Mas você ainda está vivo

E eu estou aqui para lembrá-lo

Da bagunça que você deixou quando foi embora

Não é justo me negar

Da cruz que eu carrego e que você me deu

Você, você, você precisa saber

Porque o brinquedo que você levou para cama

Era eu, e eu não vou sumir tão cedo

Assim que você fechar seus olhos e você sabe disso

E toda vez que arranho as minhas unhas

Nas costas de outra pessoa, eu espero que você sinta

Bem, você consegue sentir?

Bem, eu estou aqui para lembrá-lo

Da bagunça que você deixou quando foi embora

Não é justo me negar

Da cruz que eu carrego e que você me deu

Você, você, você precisa saber

Eu estou aqui para lembrá-lo

Da bagunça que você deixou quando foi embora

Não é justo me negar

Da cruz que eu carrego e que você me deu

Você, você, você precisa saber

PEQUENO Príncipe

Li de novo a célebre frase:
"Tu te torna eternamente responsável por aquilo que cativas"
Quando li o livro pela primeira vez aos 10 anos, não entendi o significado de tudo aquilo, mais velha um pouco, li de novo, com mais bagagem de vida e entendimento filosófico, entendi mais. 
E quando não tinha nenhum livro novo pra ler e estava com ele ali a mão, li de novo, bem mais velha, mais "vivida", entendi muito mais.
Porém hoje, essa frase, se tornou extremamente pesada, fez outro sentido, não achei ela tão "bonitinha", foi como se abrisse um outro lado do entendimento. 
Agora pra mim, essa frase tão falada e tão usada se transformou numa maldição para o resto da vida, como quem cativa fosse culpado por cativar e tivesse responsabilidade de cuidar de você independente se ainda gosta ou não.
Daí não é legal cativar ninguém.
Se rolar, bom enquanto as pessoas estão conectadas, estão em sintonia.
Não vale fazer chantagem como a rosa, que obriga o principezinho a cuidar dela. 
Quando vira obrigação cuidar de quem a gente gostava de cuidar porque simplesmente gostava de gostar, deixa de ser prazeroso e de ser verdadeiro.
Hoje entendo que não posso responsabilizar o outro por ter me cativado, por ter feito eu gostar dele, talvez mais do que ele gostasse de mim. Mesmo porque gostar não é quantitativo, não se mede.
É uma questão onde não se tem controle, onde a pessoa até queria poder dar mais, mas não tem mais pra dar. É até onde ela pode ir. E se não pode dar mais, não posso culpá-la.
Eu posso cuidar de mim, da minha reação frente a ação feita. Posso cuidar do outro quando quero e enquanto tenho como.
Mas nunca posso cobrar do outro cuidado.
Assim a leveza fará parte de todo e qualquer tipo de relação onde um cativou o outro e durou o quanto tinha que durar os cuidados e os gostares.
Espero não esquecer disso para deixar minha vida e meu coração mais leve.
Hoje é um dia bom!

Eu deixei o amor passar...

Eu deixei o amor passar...

Um porque era fraco, 

Outro porque era feio,

outro porque era fêmea,

Um porque era baixo,

Outro porque era velho.

E quando eu inventei o meu amor perfeito ele não me quis.

Porque eu não era perfeita pra ele.