quinta-feira

Borboletas invadem o meu estômago





Depois de muito tempo, to me deixando levar.
Parei de sentir, acho que por vontade própria criei uma rede invisível, impedindo a invasão desse "inseto" lindo e que causa um mal estar gostosinho na gente.
To me deixando ficar doente, mesmo.
As pessoas aconselham, meu cérebro me fala, eu sei, mas como faz???
Parece que meu coração, burro, não tá nem aí, e segue pelo lado oposto.
O amor é quentinho, gostosinho, acalma, aquece a alma.
A paixão é doença, dói na carne, corrói a alma.
Eu quero tanto, tanto que me sinto adolescente, teimosa.
Isso me faz sentir viva e ao mesmo tempo perdida, sem saber o que fazer, porque como aquela paixão adolescente, é totalmente platônica.
Não sei se existe reciprocidade.
E nem vem, não vou perguntar...a decepção é pior do que essa sensação dolorosa da paixão.
É uma inquietude que me faz ficar quieta.
É uma muvuca interna tão grande que parece que não raciocino.
Falo oi, fico quieta, sorrio, fico séria?
Me arrumo mais, é verdade,quero ficar mais bonita...não sei se to conseguindo, mas to tentando.
Vou do quarto pra cozinha, pro banheiro, pro quarto, abro a geladeira, sento, levanto e nada me acalma.
A única vantagem de se ter borboletas no estômago é não haver espaço pra comida...





Um comentário:

Amélie disse...

Tum tum rata tum tum pá! faz o coração da moça dando ritmo às borboletinhas nesse carnaval. E elas, num passinho, leve e gostoso, vão tonteando sua ligeireza, embriagadas de si mesmas...Êta sensação boa....e a dor, inevitável, faz parte desse samba...Mas não dizia o poeta que em todo samba é preciso um bocado de tristeza? Tum tum rata tum tum pá! segue o coração da moça... e as borboletas....