sábado

Tirando a armadura do armário...


Escrevi esse post, antes, escrevi no dia de expurgar...escrevi, ainda com esperança das coisas mudarem, d'eu mudar, escrevi e não achei que fosse postar, realmente achei que pudesse ser diferente, mesmo sendo um pedacinho muito pequeno de mim que achasse isso...mas foda-se...se me dispus a escrever aqui e se tem alguém que lê isso aqui...então posto. Se não for do agrado do leitor...azar...

Quis postar porque agora é verdade mesmo...não existe a esperança...pelo menos existiu o bom senso para haver o ponto final, tão assustador, mas ao mesmo tempo tão libertador.

Ele foi criado com o nome:
"Meu coração é uma privada"

Eu não quero porque não aguento...
Como faz para ter, sendo o que se é??
Como faz para manter, melhor que ter??
Ou melhor ainda como faz para parar de sentir uma coisa que veio de repente, sem se querer??
Será que é tudo da minha cabeça...será que nada foi do jeito que eu gostava que fosse???
Tava tudo certinho, calminho, fechadinho...Freio de mão puxado, capacete, joelheira, páraquedas, tudo acertado.
Daí foi um negócio, uma coisa, uma sensação de que podia ser, de que pudesse soltar o corpo na ladeira...e os acessórios de repente somem...cadê meu capacete, cadê meu páraquedas???
E o tombo que pareceria não ser grande...é uma grande trombada...Ai, ai, ai...
Minha vida não pode se resumir na menina que virou mulher e envelheceu procurando o amor em todo gesto, palavra, olhar...Isso cansa!
Não quero precisar.
Quero que aconteça.
E olha que fiz o método do Segredo corretamente, sem deixar escapar nada...
Não quero dinheiro, não quero coisas...
Quero pessoas que pelo menos tentem, como eu...tentem apenas...
Parei de ser a legalzinha fofa...parei de ser a carente fácil...parei agora!!!
Vou vestir meu macacão de piloto antifogo, antiágua, antipessoas, fechado até o pescoço, com botas de cano alto resistentes e capacete de astronauta com meu oxigênio, dois páraquedas dessa vez, joelheira, caneleira, cotoveleira, tornozeleira, luvas, munhequeira, freio de mão puxado, paralelepipedo no pedal do freio, câmbio em marcha ré, msn em offline, orkut abandonado...e uma garrafa de vodka.
Queimando os cds de música de amor ou de fossa.
Apagando músicas de amor ou de fossa.
Deletando perfis e contatos do telefone.
Fingindo ser fria, dura, seca, sem nada a oferecer.
Quem sabe assim me recupero!
Quem sabe assim eu continuo!

Percebo a superestima...mas não adianta...é sem controle...é sem querer-querendo.
Quero trocar o fígado por cauda da vodka...
Quero trocar o coração por causa da dor...
Quero trocar o cérebro por causa da inocência em achar que pudesse ser e pra apagar a memória.

E força!!

2 comentários:

Leco Vilela disse...

vamos marcar um dia, eu vou prai e te faço macarrão como molho de queijo gruyere. Você escolhe a bebida... Vai ter pão italiano porque carboidrato é necessário. Não, o auto-convite não é por que você "está na bad" é porque eu quero te ver...

René Piazentin disse...

Você reparou que está garoando um pouco? A armadura enferruja logo logo!